Tendinopatia Patelar

A Tendinopatia Patelar é frequente em desportistas e atletas que praticam esportes que exigem realizar saltos durante a prática como corredores, jogadores de futebol, etc. Publicações atuais (1) reforçam a importância do tratamento, sem cirurgia, da Tendinose Patelar (popularmente Tendinite Patelar). Todos os atletas foram examinados por Fisioterapeuta experiente na área musculoesquelética, que fez uma triagem diagnóstica dos atletas que apresentavam quadro de dor no polo inferior da patela durante ou após o treinamento há no mínimo 3 meses, palpação dolorosa no polo inferior da patela, dor durante ou após atividade igual ou superior a 2/11 (EVA) e avaliados por um sistema de escore. Foram respeitados critérios de inclusão e de exclusão para poderem participar espontaneamente da pesquisa.  A comparação de dois métodos de tratamento sem cirurgia, baseado em exercício físico e modalidades como a terapia por ondas de choque, foi feita em 34 atletas masculinos com Tendinopatia Patelar com mais de três meses de história. Foram separados em dois grupos, sendo que um grupo realizou 3 séries de 15 repetições de exercício excêntrico duas vezes ao dia – mini agachamento em uma única perna, sendo que o pé estava apoiado em um plano inclinado de 25° durante 12 semanas e o outro grupo realizou o mesmo programa de exercício excêntrico, acrescido de uma sessão semanal de Ondas de Choque Extracorpóreo nas primeiras 6 semanas. A conclusão que esse estudo mostrou foi que o exercício excêntrico promoveu a redução da rigidez do tendão, aumento da tensão do tendão patelar e redução da dor e disfunção em atletas com tendinopatia patelar. O grupo que realizou adicionalmente as Ondas de Choque Extracorpóreos não se mostrou mais eficaz.

 

Tradução, interpretação livre do Fisioterapeuta Dr. Alvaro Luiz Wolff CREFITO 8ª.  7030-F, para o Instituto Wolff de Saúde Articular.

Artigo original :

1.Lee, Wai-Chun PhD*; Ng, Gabriel Yin-Fat PhD*; Zhang, Zhi-Jie PhD; Malliaras, Peter PhD; Masci, Lorenzo MD§; Fu, Siu-Ngor PhD*. Changes on Tendon Stiffness and Clinical Outcomes in Athletes Are Associated With Patellar Tendinopathy After Eccentric Exercise. Clinical Journal of Sport Medicine: January 2020 – Volume 30 – Issue 1 – p 25–32

doi: 10.1097/JSM.0000000000000562

Escolhendo um tênis para prática de corrida

by Heather K. Vincent, Ph.D. and Kevin R. Vincent, M.D., Ph.D

Comments and Translation by Alvaro Luiz P Wolff, PT, Me, Cert.MDT

É importante lembrá-lo, caro desportista, que os seus pés são únicos e que os fabricantes de tênis oferecem uma gama variada de modelos, o que pode confundir o consumidor na hora da compra. Ao selecionar um tênis, inicie pela definição do uso, em qual atividade esportiva você irá utilizá-lo? Você de procurar um que se ajuste adequadamente aos seus pés conforme definição de uso. Não existe um único modelo que seja adequado  para todos os esportes, mas existem características mínimas que um tênis deve possuir para a pratica segura e confortável de corrida.

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O tratamento da instabilidade multidirecional do ombro com o programa de reabilitação

The treatment of multidirectional instability of the shoulder with a rehabilitation program: Part 1 Lyn Watson1,2, Sarah Warby1,2, Simon Balster1 , Ross Lenssen1,2 and Tania Pizzari

Shoulder & Elbow 2016, Vol. 8(4) 271–278 ! The Author(s) 2016 Reprints and permissions: sagepub.co.uk/journalsPermissions.nav DOI: 10.1177/1758573216652086 sel.sagepub.com

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Contusão muscular, o que fazer?

A contusão muscular ocorre quando um músculo é submetido à uma força súbita de compressão como por exemplo, um golpe direto. Mais uma vez, você poderá utilizar o PRICE inicialmente e buscar orientação com seu Fisioterapeuta.

Operou a coluna? E agora?

A cirurgia da coluna vertebral é um procedimento realizado nos casos em que o tratamento conservador não surtiu efeito, fundamentando-se no tamanho e extensão da lesão discal, radicular e articular. É sabido que, 80 a 90% dos pacientes com problemas na coluna, dor, com ou sem comprometimento da função melhoram com tratamento conservador em média até seis semanas após o início das intervenções terapêuticas. Nesse contexto, nos casos de dor recorrente, com limitação funcional ou urgência neurológica (perda da força muscular/sensibilidade), o tratamento cirúrgico se impõe.

O papel da fisioterapia iniciará no período PRÉ-OPERATÓRIO, com educação do paciente quanto aos movimentos que deverão ser evitados após a cirurgia, preparo da musculatura estabilizadora que auxiliará na recuperação funcional e treino de transferências posturais.

O segundo momento, PÓS-OPERATÓRIO se caracteriza como a fase manutenção e cicatrização dos tecidos, sendo uma parte essencial para auxiliar o paciente a minimizar as perdas funcionais após a cirurgia. Nesse período, realizamos os ajustes biomecânicos necessários para que a coluna vertebral se recupere de forma adequada. O acompanhamento fisioterapêutico passa por etapas como:

  • Controle da dor após a cirurgia
  • Treinamento neuromuscular da musculatura estabilizadora da coluna
  • Exercício físico para a manutenção e recuperação da funcionalidade
  • Treinamento para retorno à condição funcional e mecânica sem compensações
  • Educação sobre a realização de exercícios físicos e prática esportiva após o procedimento cirúrgico e redução da recidiva.

Distensão muscular, o que fazer?

É uma lesão provocada pelo alongamento excessivo das fibras musculares. As distensões (estiramentos) musculares ocorrem com maior frequência nos músculos da coxa (compartimento anterior, posterior e interno), além da panturrilha. São mais frequentes em corredores e jogadores de futebol devido à grande exigência dessa musculatura nessas modalidades esportivas. Geralmente acontece na junção entre o músculo e o tendão, em decorrência da pouca resistência muscular nessa região. A lesão pode ser classificada em grau I, II ou III, de acordo com a gravidade da lesão, quantidade de fibras musculares envolvidas e comprometimento da função do músculo afetado.

 

Sinais e Sintomas

Grau I – ocorre um estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares, sem danos funcionais à musculatura. A dor localizada é o principal sintoma, ficando evidente normalmente durante a contração muscular. Esse grau de lesão tem um bom prognóstico e resolução rápida.

Grau II – há lesão em até 50% das fibras musculares. Os sinais e sintomas presentes são: dor, hemorragia intramuscular, inchaço (aumento de volume) e comprometimento da função muscular. O tratamento fisioterapêutico leva um pouco mais de tempo e inclui recuperação funcional prévia à lesão.

Grau III – ocorre ruptura total ou quase completa do músculo, que geralmente tem comprometimento de quase a totalidade da sua função. A dor pode ser intensa e há perda de função considerável. Os sinais como hemorragia e inchaço são acentuados.

O tratamento fisioterapêutico nas distensões musculares se baseia no período inflamatório que o paciente se encontra, o grau de comprometimento funcional e as consequências para o sistema musculoesquelético. Trabalhamos para restaurar as habilidades motoras e funcionais de forma plena.   Aqui você pode também utilizar o PRICE inicialmente e buscar auxilio com seu Fisioterapeuta.

Torceu o joelho, e agora?

A articulação do joelho recebe grandes cargas devido ao suporte do peso do corpo, além de ser submetida à grandes forças de aceleração (aumento de velocidade) e desaceleração (redução de velocidade) nas atividades diárias. Essa dinâmica articular se acentua quando se trata de atividades esportivas, nas quais o joelho precisa ser capaz de realizar diversos movimentos como correr, saltar, chutar, sustentar carga, mudar rapidamente de direção. Nessas sequências de movimentos, a articulação pode sofrer diversos tipos de lesões, podendo ser causadas por esforços repetitivos ou algum tipo de trauma. O entorse de joelho ocorre quando um movimento articular ultrapassa o seu limite fisiológico e sobrecarrega os ligamentos e também a cápsula articular. Na maioria dos casos a entorse é considerada de grau leve provocando dor, inchaço (aumento de líquido) e sinais de instabilidade articular. Contudo, quando a entorse é grave, pode ocasionar lesão ligamentar, meniscal, condral (cartilagem) e até sinovite reativa (líquido no joelho). O mecanismo mais comum é quando o pé permanece fixo no solo e o joelho faz um movimento brusco para dentro, gerando uma torção da articulação, como se fosse um “pivô em valgo”, gerando lesão no ligamento cruzado anterior (LCA). A gravidade da entorse depende da energia que o produziu, podendo comprometer as estruturas em três diferentes graus:

Grau I – poucas fibras são danificadas e, na grande maioria dos casos, cicatriza  naturalmente

Grau II – um número mais considerável de fibras são danificadas, mas o ligamento, normalmente, ainda não perdeu a estabilidade.

Grau III – aqui o ligamento já rompeu totalmente

O TRATAMENTO para as entorses agudas leves, cursa com o uso de PRICE: Proteger, Repousar, Ice – gelo, Comprimir e Elevar o membro. O gelo pode ser colocado por 20 minutos 3 a 4 vezes ao dia. A diminuição da descarga de peso durante as atividades de vida diária utilizando um meio auxiliar de locomoção pode ser um grande aliado na proteção articular, Consulte o seu Fisioterapeuta/ Médico Ortopedista.

O tratamento fisioterapêutico para as lesões apresenta resultados muito satisfatórios, utilizando recursos para o controle da dor, diminuição do edema e inflamação, seguido de correção e adequação da biomecânica, melhora dos padrões de movimento fisiológico, treino de gesto esportivo. Além disso, a fisioterapia trabalha na investigação das causas que levaram a ocorrência desse trauma, realizando os ajustes biomecânicos necessários tanto para a recuperação funcional do indivíduo, quanto para evitar futuros traumas.

Torcicolo

O torcicolo é definido como uma tensão involuntária dos músculos do pescoço provocado por postura inadequada ao dormir ou pela utilização excessivo do computador, causando dor no lado do pescoço e dificuldade para movimentar a cabeça. É normal que, em pessoas com torcicolo, a cabeça fique projetada para um lado e o queixo para o outro. Fatores como ansiedade e estresse também podem causar tensão nos músculos e levar a um torcicolo. Os principais sintomas são:

  • Redução dos movimentos do pescoço
  • Dor em apenas um lado do pescoço
  • Dor intensa ao movimentar a cabeça
  • Dor pode atingir a região dorsal
  • Dor sensível ao toque

 

O ideal é identificar a origem do distúrbio e corrigi-la, utilizar técnicas que aliviem o músculo que está sofrendo. Poderemos realizar o diagnóstico correto da origem da sua dor e tratar as estruturas do sistema musculoesquelético que estão sofrendo.

Travou a coluna? O que fazer?

Alguns episódios de dor podem aparecer de forma aguda, intensa e geralmente podem dar a sensação de estar “travado”, sem conseguir mudar de posição.  O mais comum é o paciente que foi fazer um esforço em flexão do tronco, dobrando para frente na tentativa de pegar um objeto no chão e “travou”. Esse episódio trata-se de um mecanismo de defesa do próprio corpo ao tentar imobilizar total ou parcialmente a região da coluna lesionada.  O travamento funciona como um aviso de que algo não está bem naquele local. Ainda, a perda momentânea de movimento nada mais é do que uma proteção do próprio organismo para a coluna no momento de dor. Pode ocorrer irradiação da dor para membros superiores ou inferiores, causando um desconforto considerável.

Nesses casos deve-se evitar a posição que intensificar os sintomas,  acomodar-se em posição de alívio e procurar o mais rápido possível um fisioterapeuta para ajudá-lo a solucionar o problema.

Hérnias discais, como tratar?

A hérnia de disco é uma lesão que ocorre no disco intervertebral localizado entre uma vértebra e outra. A localização mais comum da hérnia lombar é no disco que fica entre a quarta e quinta vértebra lombar (L4/L5) e entre a quinta vértebra e o sacro (L5/S1), mas pode ocorrer também na cervical e torácica.

As hérnias podem ser PROTUSAS, quando o disco intervertebral se alarga, mas contém o líquido gelatinoso no seu centro, EXTRUSAS, quando há o rompimento desse anel fibroso e o conteúdo gelatinoso interno ou núcleo pulposo sai por meio de uma fissura na membrana, havendo perda de contato dos fragmentos extravasados com o seu meio interno e SEQUESTRADAS quando rompe a parede do disco e o líquido gelatinoso migra para dentro do canal medular, para cima ou para baixo. Além da pressão na raiz nervosa, provoca inflamação e compressão contínua nessa estrutura anatômica.

 

 

Os principais sintomas de hérnia de disco são:

  • Dor na coluna vertebral há mais de três meses;
  • Coluna desviada para algum dos lados (direita e esquerda) quando está em crise;
  • Dor noturna que piora durante o período de sono e que mantem presente ao acordar;
  • Dor que piora ao ficar em pé com a uma das pernas estendida;
  • Dificuldade significativa para ficar sentado por mais de 10 minutos;
  • Redução de força muscular em uma das pernas ou nas duas;
  • Impossibilidade de ficar na ponta do pé com uma das pernas;
  • Dor, formigamento ou dormência em um ou ambos os membros;
  • Extrema dificuldade para segurar a urina;
  • Rendimento reduzido e falta de ânimo para a realização de atividades rotineiras;
  • Dor de cabeça associada à dores na região da nuca e que se prolongam para os ombros;
  • Dificuldades para se locomover ou levantar algum objeto.

Quando o paciente já experimentou um dos sintomas acima, o ideal é investigar a causa das dores e outros sintomas que podem estar presentes, com o auxílio de um Fisioterapeuta ou Médico Especialista. O objetivo dessa medida é fazer com que a origem do problema, e não apenas as consequências, sejam tratadas adequadamente de forma efetiva e duradoura. O tratamento do paciente com hérnia de disco está apoiado em uma avaliação fisioterapêutica criteriosa, baseada em uma metodologia científica focada em corrigir a postura, reduzir o tecido de volta à sua origem, abolir a dor, reequilibrar as estruturas articulares, musculares, tendíneas e nervosas, manter e melhorar a força muscular e a funcionalidade do paciente. Utilizamos métodos terapêuticos baseados em evidências científicas atuais, para devolver a funcionalidade e a qualidade de vida.